O transtorno do espectro autista interrompe processos normais de desenvolvimento social, cognitivo e
comunicativo, manifestando-se normalmente até os três anos de idade e prevalência no sexo masculino.
Estudos buscam fatores que possam contribuir para a redução da manifestação de sintomas ou características
especificas. O principal objetivo foi avaliar a presença de alterações comportamentais e sintomas de distúrbios
gastrointestinais em decorrência da restrição de glúten e caseína em portadores do autismo. O estudo foi
submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário do Sul de Minas e realizado na Fundação
Varginhense de Assistência de Excepcionais em Varginha – Minas Gerais, no segundo semestre de 2015. Foram
avaliados 8 autistas com idade entre 2 e 25 anos. Após orientação aos pais, houve intervenção dietética,
sugerindo a restrição da caseína por 4 semanas e posteriormente do glúten por 7 semanas, totalizando 11
semanas de restrição. Todos os voluntários apresentaram melhora em pelo menos um dos sintomas
característicos do transtorno. O sintoma que apresentou maior evolução foi a agressividade em 62,5% (n=5),
seguido da estereotipia em 50% (n=4) dos voluntários (p = 0,01). Com relação aos sintomas gastrointestinais,
quatro mães relataram melhora após restrição do glúten e caseína. Em conclusão, observou-se que a restrição
dessas proteínas gera melhora dos sintomas apresentados que pode impactar na qualidade de vida dos
indivíduos com o transtorno do espectro autista. No entanto, mais estudos randomizados, controlados, com
cálculo amostral são necessários para confirmar os efeitos dessa dieta
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